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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

EVENTOS ADVERSOS, COMO MEDIR E PREVENIR O PROBLEMA?


Eventos adversos atinge 10% de pacientes no mundo

Curso ensina a medir, identificar as causas e prevenir o problema

 

A busca pela excelência no cuidado em instituições de saúde deve estar presente na rotina de seus profissionais. Evitar eventos adversos é um dos principais desafios para garantir a segurança do paciente e, é grande o número de ocorrências em todo o mundo. De acordo com o Centro para Prevenção e Controle de Doenças (CDC), dos EUA, cerca de 2 milhões de pacientes sofram com infecção hospitalar a cada ano no país. Uma das principais formas de reverter tal cenário pode ser por meio da acreditação, já que estimula a adoção de rígidos padrões de segurança, o fortalecimento de gerências de riscos, além da criação de ferramentas para previsibilidade de eventos adversos.  

Segundo o médico Walter Mendes, especialista em Políticas e Planejamento em Saúde, a preocupação com a segurança do paciente deve estar no dia a dia dos profissionais e gestores. Para ele, a medicina e a assistência evoluíram e se tornaram mais complexas, o que exige um cuidado redobrado. "Hoje, os pacientes estão sujeitos a múltiplos procedimentos, realizados de maneira concomitante, o que exige uma maior atenção em relação a sua segurança. Por isso, a importância de que todos os procedimentos sejam regidos por normas, para que nenhuma etapa seja negligenciada", comenta.

Para ele, o problema relativo aos eventos adversos possui escala mundial. O especialista aponta que, em todo mundo, pelo menos 10% dos pacientes sofram com essas ocorrências. Nos EUA, complicações indesejadas decorrentes do cuidado prestado causam mais mortes do que o câncer de mama ou a AIDS. "Trata-se de um problema grave, pois isso gera um enorme impacto financeiro para os sistemas de saúde. Estimativas apontam que, com a implementação de uma gestão baseada na qualidade haverá um decréscimo do número de eventos. No Brasil, 65% dos eventos poderiam ser evitados", afirma.

O médico lembra que os profissionais precisam estar bem treinados para coletar os dados relativos aos riscos e interpretá-los de forma a evitar acontecimentos indesejados. Com esse objetivo, o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), representante exclusiva da Joint Commission International (JCI) no Brasil, está promovendo o curso Qualidade e Segurança em Saúde. Voltado para profissionais de saúde e gestores da área, o curso visa apresentar a melhoria da qualidade como processo contínuo de redução de riscos para pacientes e profissionais, de racionalização na utilização de recursos e de aumento da efetividade do cuidado. 

"As aulas se apoiam sobre três pilares: a importância de medir a ocorrência de eventos adversos, compreensão de suas causas e o trabalho para evitar que venham a acontecer novamente", explica Walter Mendes, que vai ministrar o curso entre os dias 9 e 11 de fevereiro. "Em vez de enxergarmos os erros por um viés punitivo, vamos estimular que eles sejam vistos como uma oportunidade de melhoria. Para isso, o profissional precisa estar capacitado para o monitoramente dos processos e análise dos dados".

            As inscrições para o curso Qualidade e Segurança em Saúde podem ser realizadas pelos e-mails eventos@cbacred.org.br ou ensino@cbacred.org.br ou através dos telefones (21)3299-8241, 3299-8202 e 3299-8234. Com carga horária de 36 horas, o curso será ministrado na sede do CBA, que fica na São Bento, 13, Centro, Rio de Janeiro. Outras informações em www.cbacred.org.br.

 


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