Segundo o vererador Algaci Túlio (PMDB), parlamentares compravam notas fiscais para justificar o repasse de verbas. Outros tiveram funcionários beneficiados pelos repasses
A série de reportagens Negócio Fechado, da Gazeta do Povo e pela RPC TV, mostra nesta quarta-feira (25) que parte dos recursos de publicidade da Câmara Municipal de Curitiba custeava programas e veículos de comunicação vinculados a vereadores. Algaci Túlio, parlamentar do PMDB, vai além e afirma que vereadores – inclusive ele – compravam notas fiscais para poder justificar o repasse de verbas.
"A gente comprava nota. Muitos [comunicadores] que não têm empresa compram nota de uma empresa de publicidade”, declarou. Ele afirma que a oportunidade de receber verba de anúncios da Câmara foi oferecida a todos os vereadores da bancada de comunicadores.
Outros vereadores receberam recursos públicos diretamente ou tiveram funcionários que foram beneficiados pela verba de publicidade da Câmara. A lei proíbe que servidores tenham relações comerciais com a instituição pública em que trabalham.
O desrespeito à legislação e a falta de transparência na Câmara são alvos de uma série de reportagens produzida pela RPC TV e pela Gazeta do Povo. A equipe de jornalismo analisou, durante três meses, mais de 10 mil páginas referente à execução do contrato de publicidade assinado pela Câmara com as agências que venceram a licitação da Câmara de Curitiba – Visão Publicidade e Oficina da Noticia.
Mais informações sobre irregularidades nos contratos de publicidade da Câmara serão divulgadas nesta quinta-feira (26), na edição impressa da Gazeta do Povo.
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