Blog do Mario
"O que tem fome e te rouba o último pedaço de pão, chama-o teu inimigo... Mas não saltas ao pescoço do teu ladrão que nunca teve fome." Bertolt Brecht
segunda-feira, 30 de maio de 2022
As graves consequências do desmonte da Saúde da Família
terça-feira, 8 de fevereiro de 2022
Na venda da Amil, os horrores da privatização da Saúde
sexta-feira, 10 de dezembro de 2021
Nova lei dos planos de saúde: sonho empresarial, pesadelo para o país
domingo, 12 de setembro de 2021
Bolsonaro late e os generais fazem negócios
segunda-feira, 26 de abril de 2021
A mediocridade endêmica no desgoverno Bolsonaro fornece munição para a CPI
Cena 1:
Alguns meses atrás, meu filho e eu assistindo TV e aparece uma coletiva do Elcio Franco, o milico que então ocupava o cargo de secretário executivo do Ministério da Saúde.
Falei com meu filho: "Tira o som e olha a postura corporal do cara sem escutar o lero-lero que ele está falando".
Dito e feito. Ficava claro que o sujeito (que era o número dois do ridículo Pazuello) não tinha idéia sobre o que estava falando. Não olhava para as câmeras, a postura era de um cara acuado que estava ali participando de uma encenação burlesca, tentando justificar o injustificável.
Patético.
Cena 2:
O governo monta uma força-tarefa tentando se preparar para enfrentar a CPI da Pandemia.
Os "jênios" da equipe governamental montam uma planilha de Excel listando todos os pecados que o desgoverno Bolsonaro cometeu no enfrentamento da pandemia. Inacreditavelmente são listados 23 itens, desde o genocídio dos povos indígenas até a "militarização" do ministério da saúde. Chegam a envolver na meleca o ministro Paulo Guedes, que até então estava sendo blindado.
Sim! É isso mesmo! O próprio desgoverno lista a militarização do ministério da saúde (Elcio Franco e Pazuello incluídos) como sendo um PECADO.
Acontece que na lista elaborada pela equipe de "jênios" constam mais irregularidades do que as elencadas pela própria CPI.
A CPI havia listado apenas 18 "pecados"...
Mas não acaba aqui a trapalhada. A tal da lista que, imagina-se, deveria ser um documento reservado, foi encaminhada aos ministérios responsáveis por apresentar explicações/defesas por e-mail. Isso mesmo: Documento reservado encaminhado POR E-MAIL!
Resultado previsível até pela minha bisavó Dona Loloca: A lista vazou.
Randolfe Rodrigues, o vice-presidente da CPI adorou a história e já incorporou a lista vitaminada aos documentos da Comissão.
Daí vocês me perguntam: O que é que a Cena 1 tem a ver com a Cena 2?
Respondo:
O coordenador da força-tarefa, o "jênio" responsável pela lista que está servindo como munição para a oposição, o cara que deu o tiro no pé do próprio desgoverno atende pelo nome de... Elcio Franco.
A mediocridade é endêmica no desgoverno Bolsonaro.
segunda-feira, 19 de abril de 2021
Médicos que defendem o mentiroso tratamento precoce têm obtido ganhos financeiros e políticos
no Outra Saúde (por e-mail)
GANHOS MUITO CONCRETOS
quinta-feira, 15 de abril de 2021
Os "experimentos mengelianos" dos médicos brasileiros e o respaldo do CFM
Josef Mengele, oficial da SS, conhecido como "O Anjo da Morte de Auschwitz"
do Outra Saúde (via e-mail)
TÉCNICA EXPERIMENTAL?
O médico alemão Josef Mengele, oficial da SS, usou prisioneiros de Auschwitz para conduzir experimentos humanos muitas vezes letais. É dele que o infectologista Francisco Ivanildo de Oliveira, gerente médico do Sabará Hospital Infantil, em São Paulo, se lembra ao comentar a nebulização com hidroxicloroquina que provocou mais uma morte em Manaus. "Nunca vi isso. Não sabemos quantos pacientes foram utilizados, não há termo de consentimento nem comitê ético. É até mau gosto chamar de estudo. Trata-se de um experimento mengeliano", diz ele, à Folha.
sábado, 10 de abril de 2021
Diagnosticando o “médico bolsonarista”
A medicina vem depois disso, para ser usada como argumento de autoridade e facilitar a inoculação desta subespécie de bolsonarismo que surgiu na pandemia, o bolsonarismo clínico.
por Wilson Gomes na Revista Cult
Dos tipos políticos mais extravagantes encontrados no fundo desse abismo em que nos encontramos, o “médico bolsonarista” é um dos mais intrigantes. O enigma começa com as duas palavras que o designam: ele é médico por substantivo, quer dizer que exerce um ofício considerado nobre em qualquer sociedade, que consiste em curar e salvar vidas; mas é também bolsonarista, por adjetivo, portanto filiado a uma atitude política que, como sobejamente demonstrado a este ponto da nossa odisseia pandêmica, coloca a identidade tribal e o fanatismo em um lugar infinitamente superior ao apreço por vidas humanas e à missão de cuidar e curar. A tensão entre o substantivo e o adjetivo parece indicar um paradoxo. Na verdade, trata-se de um oximoro, como em “claro enigma”, “som do silêncio” ou “instante eterno”. Também neste caso, o adjetivo devora, anula ou contradiz o substantivo. O “médico bolsonarista” é, portanto, uma contradição ambulante, que só a singularidade da fauna dos abismos poderia comportar.
Não se enganem supondo a superioridade do substantivo sobre o adjetivo. O “médico bolsonarista” não é um médico que também é bolsonarista, mas um bolsonarista que ganha a vida exercendo a medicina. O bolsonarismo é que o define, posto que a ele se subordina tudo o mais o que a pessoa é, como pai, amigo, vizinho e, naturalmente, profissional da área de saúde. Não terá escrúpulos de usar, por exemplo, o prestígio, a distinção e a autoridade que a sociedade lhe concede por ser médico para fazer propaganda para a sua facção política mesmo em matérias e posições que violem francamente o seu juramento e ponham em risco a saúde dos seus pacientes, pois ele é primeiro um missionário de uma crença e o soldado de uma causa. A medicina vem depois disso, para ser usada como argumento de autoridade e facilitar a inoculação desta subespécie de bolsonarismo que surgiu na pandemia, o bolsonarismo clínico.
sexta-feira, 26 de março de 2021
Necropolítica: No auge da pandemia orçamento prioriza aviões de combate e submarinos enquanto retira bilhões da saúde
ORÇAMENTO DA SAÚDE
quinta-feira, 18 de março de 2021
Bolsonaro e Napoleão têm uma coisa em comum
Bonaparte visitando as vítimas da peste de Jafa (1799) é o título da obra de Antoine-Jean Gros, datada de 1804, e encomendada por Napoleão Bonaparte para representar um episódio da campanha do Egito. O quadro representa Napoleão durante uma cena tocante que ocorreu em Jafa, em 1799, durante a qual o general tentou elevar o moral de suas tropas, aproximando-se e tocando a ferida de um soldado.
Rogério Galindo - no Singular 18 (por e-mail)
Existe uma imagem famosa de Napoleão (aquele) tocando nas pústulas de gente com peste. Foi numa campanha pelo Oriente Médio: os soldados franceses estavam sendo assolados pela doença e o imperador apareceu numa mesquita, onde havia um hospital improvisado. Tocou nos doentes e encorajou seus homens a prosseguirem - a doença, parecia ser o recado, não era páreo para a máquina de guerra da França.
"Ele (Bonaparte) também frequentava as reuniões do Instituto, que vinha mantendo seu trabalho durante todo esse tempo, mas em uma sessão de 4 de julho ele teve problemas quando colocou a culpa do fracasso na Síria na peste e na incapacidade dos médicos de encontrar uma cura. Ele afirmou que ao tratar a peste como uma doença contagiosa, eles haviam prejudicado o moral da tropa, e que em nome do bem geral seria melhor declará-la como não-contagiosa. Desgenettes insistiu que a integridade científica exigia que a verdade fosse dita. Bonaparte denunciou o médico e os que pensavam como ele como um grupo de teóricos enfadonhos, e Desgenettes respondeu acusando-o de ser um líder despótico a quem faltava visão, e pondo nele toda a culpa pela carnificina e pela morte durante a campanha síria."